segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sobre indefinições


Eu sou exatamente aquele tipo de pessoa chata que não sabe lidar com indefinições. É, é chato mesmo... mas pra mim funciona bem, afinal, ou é ou não é, né??? Não!
Impressionantemente estou descobrindo o meio termo nesses últimos tempos graças a uma pessoa. É claro que volta e meia isso me deixa meio deslocada e sem reação (sim, ás vezes é possível me deixar sem reação e ele consegue como ninguém). Não que eu precise de definições de pessoas já que, graças ao meu bom Deus, todo mundo é ambivalente, mas o que sempre me perseguiu foi a definição de coisas, status, palavras e afins... Acho até que foi por isso comecei a fazer jornalismo. Para definir momentos.
O que acontece é o seguinte: Eu tenho um pseudo namorado. E what a fuck it means, né? Também tô pra descobrir, meu povo, porém, a verdade é que essa foi uma escolha dele, e normalmente eu não acataria algo do tipo se não fosse minha mãe, e vocês vem sabem que conselho de mãe é uma dádiva! Se em toda vez que ela me alertou sobre a previsão do tempo eu tivesse levado casaco e guarda-chuva eu nunca teria tido um resfriado na vida!
Um dia num jantar ela me perguntou à quantas andava o novo (que era quase velho) relacionamento e falei sobre a definição que ele tinha me dado de "semi namorada" e o fato de que eu não sabia lidar com isso. Dai veio a revelação do ano: "Filha, quantas vezes você fez as coisas do seu jeito e quantas vezes elas deram certo?".
Ai te respondo: NUNCA! Nunca fui boa com relacionamentos. O mais longo terminou de forma terrível. Foi então que resolvi dar uma chance para a tal da indefinição. É claro que minhas encanações não sumiram todas de uma vez, mesmo porque eu sou mulher, ser que possui um útero, e não encanar é humanamente impossível pra alguém do sexo feminino, mas tenho tentado da melhor maneira possível. Ele também tem sido paciênte, não posso reclamar, e como me disse outro dia "Nós nos gostamos. Vamos ficar bem". Pronto, foi nessa hora que senti que tinha feito a coisa certa em ficar e tentar algo diferente.
No que vai dar isso? Não faço a menor idéia. Vou ser namorada um dia? Também não sei... mas já fico feliz quando ele diz que sou a garota dele, então deve ser um bom sinal.
O que interessa mesmo é que ele tem tentado me ensinar a montar o cubo mágico (não, eu não consigo! rs), tem servido como minha cobaia para os meus experimentos gastronômicos e todas as vezes que estamos juntos eu sei que é só porque queremos e não por conta de uma definição. No fim, não é isso que todos nós queremos???

domingo, 7 de junho de 2009

Sobre erros




Tem pessoas que não aprendem nada com os próprios erros e muito menos com o dos outros, e eu posso dizer que sou uma dessas. Porém, para alívio geral dos relapsos como eu, dizem por aí que a prática leva à perfeição e até para fazer cagadas tem que ser bom! hehehe


Mas não era exatamente esse o ponto, na verdade eu fiquei imaginando esses dias como teria sido se eu não tivesse feito da minha vida uma privada. Eu provavelmente não seria quem eu sou hoje, e nem sei se ser quem sou é bom, mas por via das dúvidas, prefiro acreditar que sim. Porque apesar do que se possa pensar depois de eu ter declarado que tenho um curriculum extenso de presepadas, eu sou uma pessoa boa, pelo menos o tanto que consigo ser,e os meus erros também me trouxeram até aqui agora, então pode ser que não tenha sido tão ruim assim no final das contas. Agora estou rasgando o livro de merdas e vou começar outro, vou me dar uma segunda chance, porque se eu desistir de mim, bom, fodeu... quem vai ficar aqui, não é? Então eu larguei tudo... fiz as malas e estou me dando o recomeço! Estou me dando o alívio de virar a página. Talvez no meio desse novo caminho eu erre de novo, talvez erre várias vezes, talvez erre ainda mais, mas, quem pode me garantir que não dá pra ser feliz assim mesmo? Se nada der certo sempre posso ter um novo recomeço. Vou pedir desculpas para quem e para tudo que estou deixando pra trás, meus erros não cabem dentro das minhas malas, aliás, aqui dentro só cabe aquilo que eu acertei... e quando coloco ao lado da pilha de erros, os acertos também estão de bom tamanho, às vezes até maiores que os erros. O que interessa aqui é que eu me perdoei...

domingo, 3 de maio de 2009

Sobre deixar ir embora...


É extremamente difícil praticar o desapego. Seja do que for, é quase impossível abrir mão do que se gosta. Ultimamente ando praticando muito. Por exemplo tenho tentado me desapegar do consumismo desenfreado de sapatos e parece que está dando resultado, já faz 24h que não compro nenhum par de calçados e ainda não infartei e nem tentei matar ningupem, só estou com tremedeira rs. Tenho também praticado o desapego à pessoas. Tô deixando elas irem embora da minha vida e isso, bom, isso não tem sido fácil mesmo. Deixar a saudade ir embora, as lembranças, a vontade de ficar por perto, de ter notícias, de fazer parte de um mundo que não é seu... são coisas difíceis de deixarmos partir. Mas no meio do caminho eu descobri que o mais complicado era deixar aquilo que não aconteceu ir embora junto com a pessoa. Sabe? Aquela viagem a dois que vocês nunca fizeram, aquele jantar romântico, aquele filme que vocês não viram juntos, aquelas conversas à beira mar que nunca aconteceram... todos esses planos e desejos parecem ser mais resistentes ao meu insistente adeus. Eu sei que vai passar, que tudo isso vai embora de mim, e por favor, não volte. Quanto aos sapatos, bom, eu tenho o suficiente para mais alguns anos, mas sei que quando completar 48h eu vou surtar! rsrsrsrsrsr

domingo, 26 de abril de 2009

Sobre chorar


Saber chorar é uma arte e tanto, e nem sempre, quase nunca, é devidamente reconhecida.

A maioria das pessoas, quando veem alguém se debulhando em lágrimas atribuem aquilo à fraqueza, mas eu discordo plenamente. Saber chorar é quase poético. Ontem mesmo eu coloquei minha alma para fora... inteira em forma líquida e me tornei a criatura mais frágil da terra. Eu estava magoada, oras... o que eu poderia fazer? Cair na gargalhada? Cada um lida com a dor da forma que pode. Mas eu choro, e acho um ato corajoso. Me expor, mostrar de cara lavada que alguma coisa dentro de mim está doendo, e estava, muito. Não que tenha passado, mas alivia. Talvez chorar seja o alívio da alma...

Sei que gosto de ver pessoas chorando de verdade, por qualquer motivo, é um retrato perfeito de quem se é e a forma mais genuina de dizer a alguém que está com saudades, que pisou na bola, que não queria machucá-la, que a vida fica um pouco mais sem graça sem ela... Talvez chorar seja a melhor forma de se declarar...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sobre reinventar-se


Sempre admirei pessoas que tem coragem e peito para começar do zero. Não é fácil.
Uma tentativa em um País novo, uma faculdade nova, amigos novos, comidas novas, profissão nova, cultara nova, crenças novas, língua nova... tudo isso assusta. Principalmente a mim, que assumo sempre ter tido medo de mudanças. Com o passar do tempo comecei a gostar, passei até do loira para o morena. Acreditem ou não, é uma mudança e tanto. Mas isso fica para outro post, o que quero dizer nesse é o quanto eu gosto dessa história de "renascer". Se reinventar é renascer, é crescer de novo, aprender de novo sobre outra perspectiva. Quase invejo quem tem essa coragem.
Meu amigo Guilherme, por exemplo: publicitário bem sucedido em Campinas, largou tudo e foi estudar medicina em Buenos Aires. Raios! Mas que porra tem a ver um curso com o outro? NADA! Exatamente esse o meu encanto... NADA.
Sem a obrigatoriedade de ser alguma coisa, sendo ele mesmo... médico ou publicitário ou striper, por que não? Não é louvável?
Dedico à você, luxo meu, que está longe e eu nem pude me despedir. Mas tenho certeza absoluta, que qualquer que seja a sua futura profissão, você vai ser sempre fantástico! E o mais importante, eu vou estar sempre aqui, torcendo!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sobre spams


Ninguém gosta de receber spams, isso é fato. Eu não gosto, você não gosta, todo mundo odeia.

Quando abro o meu e-mail e vejo aquela quantidade ridícula de mensagens enviadas por remetentes desconhecidos me dá um desgosto fodido. Primeiro porque eu percebo que recebi muito mais propagandas do que e-mails de amigos, segundo porque vai me encher o saco ficar deletando aquela merda. Porém, o que mais me assombra não é a quantidade, e sim o conteúdo. Eu me chamo Bruna, certo? Nomes terminados em A sugerem gênero feminino, mas acho que as pessoas que enviam não se atentam muito à esses detalhes, ou me julgam muito mal. Sim, porque elas pensam que eu sou um transexual. Nada contra, muito pelo contrário, mas não sou!

Veja só, a maior parte dos e-mails que eu recebo desses infelizes são propagadas de produtos para aumentar o tamanho do meu pênis. Eu NÃO tenho pinto! OI... BOM DIA... TÁ TUDO BEM COM A SUA VIDA? Meu nome é BrunAAAA! Outra grande parte são as propagandas de Viagra. Novamente... OI, BOM DIA. TÁ TUDO BEM COM A SUA VIDA? Eu não preciso de Viagra se eu não tenho um pênis!!!! Caso não tenha ficado claro ainda, meu nome é BrunAAAAA com AAAAA... gênero feminino!!!! E claro, tem sempre os spams que prometem que eu vou perder 9kg por mês dormindo! Ok, isso não sugere que eu seja um homem, mas ainda assim sugere alguma coisa, no caso, que eu sou gorda!

Como disse, os remetentes de spams me julgam mal, afinal, para eles eu sou uma travesti de pinto pequeno, com problemas de ereção e gorda! Fala sério!